terça-feira, 11 de agosto de 2015

Expectativas: Você as cria e elas acabam com você




Quem nunca criou expectativas que atire a primeira pedra!
Todo mundo já criou expectativas em cima de pessoas, situações, coisas, e depois se decepcionou porque não teve estas correspondidas. Mas aí eu pergunto: Será mesmo que deveriam ser correspondidas... por outros?? De quem são as expectativas? Como você cria algo e delega a outros a obrigação de correspondê-las? Tem algo errado aí...



Temos a mania de esperar sempre que os outros façam aquilo que achamos ser corretos e cabíveis, mas esquecemos que as outras pessoas não são obrigadas à corresponderem ou suprirem nossos desejos e vontades. Usaria aqui até uma piadinha infame e diria: Foi tu quem fez/criou, então cuida dela! 
Ninguém tem obrigações com coisas que não criou, concorda? Assim como nenhum de nós temos obrigação de corresponder às expectativas de ninguém. Somos livres e por este motivo não somos obrigados à nada (A NADA! AHAHAHAHA) 


Virou piada esta frase, mas é a mais pura verdade. As expectativas são nossas, portanto, de nossa total responsabilidade e somente nossa. E por mais que você espere que alguém corresponda por achar que é a coisa certa ou porque você acredita que mereça isso, ainda assim ninguém é obrigado à corresponder. 


Confesso que já criei muitas expectativas em cima de pessoas que nunca corresponderam. E sofri por isso...muito! Mas me perguntei se estas pessoas realmente tinham culpa da minha tristeza e frustração, e cheguei a conclusão que: Nenhuma. Absolutamente nenhuma culpa. Esperar por coisas que você acredita que vai receber é, no mínimo, deprimente e irresponsável de nossa parte. Aliás, eu diria que, qualquer expectativa que se crie é, no mínimo, um atentado contra nossa própria felicidade. 



Mario Quintana estava completo de razão quando disse isso. Não viemos à este mundo pra satisfazer as expectativas de ninguém e vice versa. E eu sei que nem sempre é fácil fazer este exercício, mas é importante que, quando as coisas não acontecerem da forma que você acha que deveriam, não culpe ninguém, além de você mesma por isso. Sim! você mesma! Porque o mundo de Poliana foi criado único e exclusivamente por você. Ninguém disse que deveria ser assim. Só você que achou que deveria, então por que culpar outros por isso? Se você quer fazer algo por alguém, faça, mas faça sem esperar nada em troca. Faça sabendo que você pode tanto receber reconhecimento quanto não. E isso é totalmente comum e corriqueiro. Muitas vezes você se empenha em algum projeto junto com outras pessoas e no final dele você recebe um 'Hey, obrigada!' ou nem isso. E... é muito comum! Acontece! Não dá pra ser reconhecido todas as vezes que você quiser... você não é o centro do universo nem muito menos o sol. Isso cada um de nós precisa entender. Infelizmente é assim.


É uma piada engraçada, mas com fundo de verdade (Adoro isso!). Cria um gato, pô! um cachorro... não cria expectativas! elas acabam contigo depois...



Taí algo que merece ser criado sempre: maturidade. Aprender e crescer com as lições e as decepções que sofremos na vida. Sofrer me acrescenta algo? Mas é lógico!!!! Sofrer nos faz perceber coisas e situações sob ângulos que nunca perceberíamos se não passássemos pelas decepções. Eu sei que é difícil! Eu sei que fazer este exercícios não é lá das mais fáceis missões, mas... se não tentarmos todos os dias, dificilmente vamos compreender tudo isso. 


É muito mais interessante fazer as coisas sem esperar nada de volta. O sofrimento se anula. A felicidade não vai embora. Você vive com menos peso e a leveza te faz ir mais longe e sorrir mais. 
Pense nisso!

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Os excessos que carregamos

Às vezes é preciso recolher-se. O coração não quer obedecer, mas alguma vez aquieta; a ansiedade tem pés ligeiros, mas alguma vez resolve sentar-se à beira dessas águas. Ficamos sem falar, sem pensar, sem agir. É um começo de sabedoria, e dói.
Lya Luft

Tem dias em que dá vontade de sentar na frente do computador e escrever até os dedos não aguentarem mais. Eu sinto que as palavras se multiplicam na minha cabeça, as ideias transbordam o pensamento, e sinto que preciso colocar pra fora de algum jeito... e quando não escrevo, choro. Pra muita gente, o choro remete à tristezas, sentimentos ruins... pra mim é mais uma forma de aliviar tensões acumuladas, palavras não ditas, sentimentos em excesso, energias não compartilhadas... chorar nem sempre significa que algo vai mal. Pode ser também desprendimento. 



Desprender-se de coisas que a sua alma e o seu coração já não podem carregar. Costumamos carregar muita coisa desnecessária conosco, mas esquecemos que quanto mais coisa acumulada, mais pesado e mais demorado é pra caminhar. Pesos desnecessários sempre causam dores desnecessárias. É preciso escolher bem aquilo que carregamos na bagagem da vida. Priorizar aquilo que realmente importa. Há um pensamento de uma escritora/poetisa cujo nome não me vêm à mente agora (eu ando com bloqueio muito grande ultimamente) que diz: " A vida não passa de uma viagem de trem, cheia de embarques e desembarques, alguns acidentes, agradáveis surpresas em muitos embarques e grandes tristezas em alguns desembarques." É de um texto muito bonito que conheci através de uma amiga muito querida, anos atrás. 



Se a vida é uma viagem, e nós passageiros de um trem, temos direito a algumas bagagens. Algumas pessoas conseguem viajar apenas com o que é realmente necessário, sem mais, sem menos, o necessário pra ser feliz, pra caminhar sem pesos, pra se locomover com mais facilidade que muitas outras. às vezes cabem em uma bagagem de mão, outras em uma mochila, às vezes até numa necessaire, mas é sempre uma mala pequena e com um conteúdo restrito e necessário a fim de não atrapalhar o deslocamento. É aquela gente que não carrega quase nada da vida, nem mágoas, nem pessoas em excesso... só o que realmente importa e a faz feliz. Outros viajantes acabam por exceder o volume de malas e o limite permitido, e precisam pagar uma taxa pelo excesso de peso. Outros simplesmente não conseguem desapegar de velhos sentimentos e lembranças e fazem de tudo pra carregar a vida toda em uma mala, por vezes sem alça, que atrapalha na hora de apreciar o caminho. Gente que carrega tudo e todos consigo, independente se este te fez mal, bem, se são sentimentos ruins, bons, tristeza... aquelas pessoas apegadas a tudo e a todos. Nem sempre vale a pena. Tem gente ainda que insiste em colocar tudo num baú e torcer pra permitirem que coloquem no trem. Há a esperança de que cada coisa que sentir saudades poderá ser encontrado ali dentro. 



No fundo não sabemos bem o que levar... as coisas, os sentimentos, as pessoas... nunca sabemos. Já é tão difícil definir o que levar numa viagem de final de semana, já pensou em como seria arrumar uma mala para a vida toda? Ter que fazer escolhas, deixar coisas e pessoas pra trás, desapegar, desprender... pra sempre?! Tem gente que não consegue fazer essa mala... e tem gente que é a própria mala! Sem rodinhas, sem alça, com zíper arrebentado e rasgando quando tentamos viajar com ela. 
É difícil saber o que levar e o que deixar, mas um dia a gente aprende!