quarta-feira, 17 de agosto de 2016

"Duas despedidas não ocupam a mesma volta"

Vai embora do trabalho que te atormenta, daquela relação que você sabe que não mais dará certo, daquela turma que está contigo por conveniência, vai embora das tuas desculpas, dos teus ''depois'', nem que seja por alguns minutos pra ficar sozinha com teu eu interior... mas vai!
É importante saber a hora de ir embora.



segunda-feira, 13 de junho de 2016

Quando somos descartados quando 'não servimos mais'...

Dos sentimentos entalados na garganta, este ainda insiste em agarrar-se às amígdalas que eu já devia ter retirado tempos atrás... Não desce, não soltam, não engulo...
Às vezes me pergunto o quão sádica sou por insistir tanto em coisas e pessoas que demonstram claramente não se importarem ou não precisarem de mim, ou pior, me procurarem apenas quando sou útil ou quando tenho/faço algo pra elas. Estas, tampouco se preocupam em saber se você está bem, emocionalmente, fisicamente, só têm olhos pro umbigo e para seus mundos. Que tristeza! Minha e delas! 



Minha por não conseguir largar essa gente precipício abaixo, deixando que estas se virem sozinhas ou procurem outros que façam meu papel à elas e siga minha vida. Delas porque percebo que não há sentimento, nem de gratidão como tentam demonstrar, por aqueles que as servem, apenas um agrado para, futuramente, voltar com novos pedidos... é o velho e bom 'afago' no cachorrinho pra garantir que ele estará ali quando seu 'dono' voltar.


Minha bff quase irmã e muito quase gêmea Lianne postou hoje numa de suas redes sociais esta imagem e me instigou à escrever este  post. Não por mágoa, já passei dessa fase, não por raiva, também já passei dessa fase, mas por refletir sobre este ponto. Quando nos frustramos com determinadas situações e pessoas, passamos por várias etapas até chegar na que estou: raiva, angústia, dor, tristeza, choro, até berros...até chegarmos a fase em que conseguimos dissertar sobre tudo, de um modo maduro ou não, mas pelo menos conseguimos, não apenas deixá-lo pendurado às amígdalas, mas trazer de volta à língua e, quiçá, botar pra fora, já que engolir não funcionou. 



O fato é que nem sempre vai dar pra relevar, por mais que tenhamos maturidade e aquilo já não nos doa mais. Algumas coisas (e por que não pessoas?) devem ser deixadas para trás. Elas entraram na sua vida, talvez, apenas pra te ensinar algo e, nem tudo que aprendemos na vida tem de serem aprendidas de forma doce e feliz. É aquela velha e conhecida frase: "Algumas coisas aprendemos no amor e outras na dor." 



Não se engane com aquela frase clichê de 'senti sua falta' que chega ~do nada~ porque provavelmente ela virá acompanhada de um 'preciso de sua ajuda pra fazer algo pra mim'... Infelizmente. E aí depois do feito, você volta pra prateleira dos esquecimento e das 'coisas inúteis' de novo. Sim, amigos leitores, também já fui 'usada' diversas vezes por pessoas a quem dediquei total amor e atenção. Também me senti diminuída e inútil quando não tive mais serventia à elas. Vos falo com propriedade e experiência de quem teve o coração esmigalhado em vários pedacinhos por diferentes amores (nã falo apenas de amores entre homem e mulher). 



Se sobrevivi à tudo isso? Óbvio que não! Cada dia é um dia vencido, uma vitória. A gente vai levando a vida e deixando ela nos levar. É como se, todos os dias, tocássemos o dedo na ferida pra sentir a dor até que nos acostumemos com ela e aprendamos a conviver e a suportá-la sem reclamar. Tudo é uma questão de trabalhar a mente e o coração pra que ambos andem na mesma sintonia e aprendam que as dores e as pessoas, em suas limitações, são efêmeras.
No final das contas, percebemos que nós é que somos importantes nesta roda... deixa ir! Espalha teu amor por aí e pra quem quer recebê-lo sem pedir nada em troca.
Beijinhos, leitores queridos!!! Muito feliz por não me abandonarem nunca!! E por gostarem de mim assim de graça! Loviú!! 


segunda-feira, 9 de maio de 2016

Gritos Silenciosos de Socorro Numa Noite Fria de Maio...


Aquele pedido de socorro que ninguém ouve, ninguém nota. Por dentro sua alma grita desesperadamente por ajuda, mas por fora você está calada sem conseguir pronunciar sequer uma única palavra que resuma tudo que está sentindo no momento. É desesperadora a sensação de abandono, de impotência, de invalidez. Seu corpo quer botar pra fora, mas a boca invisivelmente costurada com linhas que não cortam, nãe se partem, não esticam... você quer pedir ajuda, mas não sabe como, não consegue, ninguém sabe te decifrar, ninguém quer te decifrar...


Um desespero que vai corroendo por dentro, te perseguindo, segurando firme tuas pernas e não te deixa sequer movimentá-las. Os gritos surdos nas paredes do seu eu interior já não têm forças pra continuar tentando... acorrentada nos próprios medos e angústias. Queria acabar com esta dor, mas... a angústia congela completamente.Você perde o chão, perde o sentido... perde a si próprio.

Sua alma está aprisionada e você já não tem mais forças...



Seu silêncio grita e seu grito silencia. Um turbilhão de pensamentos e sentimentos em plena confusão.



Um grito silencioso, o eco desse silêncio paira pelos corredores dos ouvidos, destruindo os tímpanos, rasgando  o  coração, te fazendo gritar lá dentro... sussurrando tudo que não se pode gritar pro mundo... gritos silenciosos...