quarta-feira, 12 de março de 2014

Escolhas...



"Escolher é algo perigoso: quando escolhemos, temos que abrir mão de todas as outras possibilidades."

 Escolher é algo que, aparentemente, pode ser simples, mas que pode ter consequências caso a escolha seja errada. Mas... o que é uma escolha errada pra você? É engraçada essa pergunta, porque cada pessoa tem a sua maneira de ver 'o errado' e 'o certo'. O seu certo pode não ser o meu certo e o seu errado não precisa, necessariamente, ser o meu errado. É muito relativo. 

"Você faz o que parece ser uma simples escolha: escolhe um homem, um emprego, ou um bairro - e o que você escolheu não é um homem, um emprego, ou um bairro, mas uma vida."

 Tudo que escolhemos ou deixamos pra trás, influencia na nossa vida e define nosso futuro. Como? Quando você escolhe uma possibilidade dentre tantas, sua vida toma um rumo que, se você não tivesse escolhido aquilo, ela provavelmente não seguiria por este caminho. Já parou pra pensar: e se eu tivesse escolhido não viajar pra tal lugar? e se eu não tivesse conhecido meu namorado? e se eu não tivesse nascido nessa família? Como seria a sua vida SE não acontecesse tudo isso?

"Eu descobri que sempre tenho opções, e algumas vezes isto é apenas uma escolha de atitude."

Eu posso escolher o que eu quiser, mas sou obrigada a arcar com as consequências dessa escolha, quer sejam boas ou ruins. Isso é um fato do qual não podemos fugir. Também não fugimos do pensamento automático: e se eu não tivesse escolhido isso?
Vou contar um fato que aconteceu comigo a poucos dias e que me fez tomar uma decisão hoje da qual eu achava que não conseguiria tomar. Nunca fui muito afoita pra carnaval e, sempre que meu marido mencionava uma 'viagem de carnaval' pra um lugar que teria festa, eu já fazia aquela cara de: ai meu Deus! rsrsrs eu não curto muito sol, gente! dá pra perceber pela minha cor branca-bronze de escritório. E isso já tem tempo. Pago caro pra não sair de casa num dia de sol. Aconteceu que ano passado eu quis muito ir pra ver uma cantora da qual tenho carinho e admiração imensos e não deu, infelizmente. Escolhi meio à contragosto não ir, mas recebi a maravilhosa notícia de que ela iria cantar na cidade onde moro. Perceba que eu abri mão de uma oportunidade, mas outra me veio em seguida, muito melhor que a primeira. Enfim, essa história já contei num outro post anterior. 
Esse ano ela retornou ao mesmo carnaval do qual não fui ano passado e eu tive a oportunidade de vê-la. Quis a todo custo ir, porque se não fosse pra esse carnaval, dificilmente a veria de perto novamente. Mas tudo o que eu pensava aconteceu praticamente o contrário, tirando o fato de que eu quis ir pro carnaval e fui. Na mesma época saiu uma notícia de um show dela em Natal/RN e eu tinha q escolher entre os dois pra ir, porque os gastos de ambos seriam altos e meu marido e eu não tínhamos condições de ir pros dois eventos. Só que mais uma vez fiquei meio que obrigada a escolher uma especificamente, porque eu já tinha falado pra minha irmã que iria pro carnaval, então ela me deu preferência, visto que alguns amigos queriam ir e ela dispensou por minha causa. Mas sabe qdo vc decide algo e na mesma hora vem aquela sensação de: Acho que não fiz uma boa escolha. Eu senti isso, juro! Só que pensei também: não posso ficar pensando que não vai dar certo, senão vai dar errado. Já tinha escolhido e, se seria uma escolha errada, só saberia depois. Enfim, fui pro carnaval.

"Você é livre para fazer suas escolhas, mas é prisioneiro das consequências."

Se eu disser que não a vi uma única vez nesse carnaval (sendo que ela trabalhou todos os dias) vocês não vão acreditar! rsrsrs Pra não dizer que não a vi, um único dia, bem rápido, num bloco de carnaval. Só. E de longe. E achando bom, porque dos 4 dias ela só foi vista pelos meus olhinhos um único dia num único evento. Todos os outros eventos e apresentações em que ela esteve, não pude vê-la por diversos motivos e aquilo me destruiu numa proporção que antes mesmo de acabar a festa me deu a louca e eu arrumei as malas e voltei pra casa. Na volta fiquei pensando nas consequências que sofri pelas escolhas erradas que fiz e também pensei em como teria sido caso eu não escolhesse ir pro carnaval. às vezes aquela oportunidade tão acessível ou tão próxima nem sempre é a melhor. Será que não teria sido melhor ter escolhido o show? Mas como eu saberia? Essas coisas não dá pra prever nem adivinhar. Eu já havia tomado uma decisão e depois disso tudo, já estava ciente de que não foi uma escolha muito correta. Mas eu ainda queria vê-la, então comecei a ver as possibilidades de ir a esse show, que aconteceria num outro estado. Vi que os gastos também seriam altos (porque não se tratava apenas das entradas do show, mas de hospedagem, alimentação, transporte, gastos imprevistos, etc), mas eu, naquele momento egoísta que todos nós temos alguma vez na vida, só enxergava a minha vontade de querer estar nesse show.

"No instante em que é tomada uma nova decisão, entra em movimento uma nova causa, efeito, direção e destinação para a sua vida. Literalmente, você começa a mudar sua existência no momento em que toma uma nova decisão."

Eu percebi  claramente que meu marido não estava muito à vontade e eu nem o culpo por isso. Mesmo eu vendo que ele estava disposto a me levar (porque sim, ele ama me ver feliz e, dentro de suas possibilidades, faz sempre com que eu me sinta assim), mas que isso apertaria nosso orçamento por uns dois ou três meses. Ele estava adiando a compra das entradas, porque estávamos dependendo de uma consulta médica e, até foi bom isso, porque me fez refletir bastante sobre essa decisão que eu queria a todo custo que ele tomasse ( viajar pra outro estado pra ir nesse show comigo). 

"As escolhas são suas, as consequências também, aceite elas e viverás bem."
Ontem eu já estava indecisa quanto à esta decisão de viajar, era como se eu já tivesse me preparando psicologicamente pra não viajar, porque meu pensamento não estava mais nesse show. Coisa que dias antes eu SÓ conseguia pensar nisso. Acordava e dormir pensando em como seria esse show, o que me aguardava lá, se eu conseguiria vê-la de pertinho ou dar um outro abraço... nada disso estava mais em minha mente.  A noite eu, ainda indecisa ao mesmo tempo que triste, sentei-me à mesa de jantar e, percebendo meu semblante, meu marido me perguntou se eu ainda estava triste pelos mesmos motivos e eu respondi que achava que sim, rsrsrs Até pra responder eu estava indecisa. Fui dormir e ele ficou no computador quase comprando as entradas, mas um pequeno detalhe o fez esperar pro dia seguinte. Quando acordei, preparando o café da manhã com ele, me perguntou mais uma vez se eu queria ir no show e eu já disse que precisava pensar antes de responder. Ele nem acreditou muito, porque dos dois, eu sou a fã, rsrsrsr mas me deixou à vontade como sempre faz. Saiu pra trabalhar e, no almoço, decidi que não iria nesse show. E, pode ser até contraditória essa afirmação em relação ao início do texto, mas... senti naquele momento que fiz uma boa escolha. Me senti bem e livre de um peso que eu nem sabia que tava carregando por conta dessa situação toda. Abri mão de algo que queria muito, mas me senti bem depois disso. Ou quase bem, porque eu chorei um bocado depois disso, mas o choro aliviou todo o resto do peso que ainda havia. Talvez esta também não tenha sido uma escolha certa, mas nesse momento foi uma escolha que me aliviou de um peso e me fez sentir-se melhor. Nem sempre aquilo que queremos muito é aquilo que deve acontecer no momento que queremos (o agora!), ou seja, posso ter escolhido não viajar, mesmo que essa escolha me custe bastante, mas amanhã ou semana que vem pode aparecer uma oportunidade melhor pra mim que me proporcione momentos melhores que estes que eu estava, a todo custo, querendo no momento.

"Muitas das circunstâncias da vida são criadas por três escolhas básicas: as disciplinas que você decide manter, as pessoas com quem você decide estar; e, as leis que você decide obedecer."

Eu poderia ter passado por cima de muita coisa e viajado pra satisfazer algo que eu queria, mas abri mão daquilo que mais queria no momento por motivos maiores que me fizeram crescer espiritualmente, amadurecer enquanto ser humano. Não sei ainda se foi o certo, mas foi uma decisão pensada. Se vai me trazer consequências... só os dias dirão.

- Mestre, como eu faço para me tornar um sábio? 
- Boas escolhas. - Mas como fazer boas escolhas? 
- Experiência - diz o mestre.
- E como adquirir experiência, mestre? 
- Más escolhas.

Não tenham medo das escolhas erradas! Elas também nos ensinam... bem mais que as escolhas certas.

Beijos!!!

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